terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Linha 4 – Amarela – Metrô São Paulo. Aço inox para as modernas estações paulistanas

Rompendo com o visual monótono e cinza das antigas estações do Metrô de São Paulo, o aço inox inova nos quesitos estética e manutenção da Linha 4 – Amarela

Estação Butantã

Com extensão de 12,8 km e 11 estações, a Linha 4 - Amarela de São Paulo está sendo implantada em duas etapas. A primeira com a construção de seis estações (Butantã, Pinheiros, Faria Lima, Paulista, República e Luz) e a segunda com as estações intermediárias Fradique Coutinho, Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie, além das estações São Paulo-Morumbi e Vila Sônia. Haverá, ainda, a integração com as Linhas 1 - Azul, 2 - Verde e 3 - Vermelha nas Estações Luz, Paulista e República, respectivamente.
Em maio de 2010, duas estações da Linha 4 entraram em funcionamento, a Paulista e Faria Lima, e até o final de 2010 outras duas serão inauguradas, Butantã e Pinheiros. Dentre as novidades arquitetônicas destas paradas, o que mais impressiona é o arrojo da fachada da Estação Butantã: em aço inox, ela inova e se destaca entre as construções vizinhas na região Oeste de São Paulo.
“Para os acabamentos das estações, o Departamento de Arquitetura do Metrô de São Paulo elaborou diretrizes que prevêem o uso de cores e materiais modernos e resistentes para que as estações se tornem marcos urbanos e não desapareçam no tecido da cidade, como aconteceu com as linhas mais antigas”, informam os arquitetos Marc Duwe, Arno Hadlich e Eduardo Velo, da Tetra Projetos, responsáveis pelo projeto das estações Butantã e Faria Lima.
Assim, nas fachadas destas estações foram utilizados o aço inox, o vidro laminado e pastilhas cerâmicas coloridas. Segundo os arquitetos, a opção por estes materiais levou em conta a resistência a ações de vandalismo e custo competitivo. O aço e, principalmente, o aço inox foi extensivamente utilizado nas estruturas da cobertura, revestimentos de fachada, revestimentos internos, guarda-corpos, suportes para comunicação visual e mapas, no mobiliário, como bancos e lixeiras, e acabamentos de elevadores.
Em especial, para a fachada da Estação Butantã, foram estudadas diversas alternativas de materiais e optou-se pelo aço inox por sua durabilidade, resistência a riscos e intempéries e facilidade de manutenção. “Para tanto, foi desenvolvido um sistema de fixação que aproveitasse ao máximo as chapas de aço e evitasse a ondulação da superfície. Este sistema foi testado em laboratório, com pressões e ventos superiores à realidade. Além disso, o aço inox é um material reciclável, resistente, não muda de cor e, principalmente, atendendo as diretrizes da Linha 4 – Amarela criou uma fachada que é um marco na paisagem.”
Por fim, “a arquitetura das estações da Linha 4- Amarela também valoriza a iluminação natural a partir de grandes clarabóias, e o uso de cores visa o bem-estar dos usuários, ao mesmo tempo em que os materiais resistentes e de fácil manutenção têm como objetivo facilitar a operação da estação”, concluem os arquitetos.

Texto publicado na revista Arquitetura&Aço n° 24, dezembro de 2010
Foto: Marcelo Scandaroli

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